Paraense inova ao criar iogurte grego de açaí produzido com leite de búfala

Publicado em: 29/02/2016 às 21:21
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Entre os primeiros estudos e as horas de pesquisa foram necessários três anos e meio na instituição para que Wagner Barreto da Silva se graduasse no curso de tecnologia de alimentos, aos 22 anos.

“O coração fica até bastante saudoso porque foi um lugar onde eu me encontrei com técnologo de alimentos, então, me traz boas lembranças, relembra as amizades”, revela Wagner.

Ele conta que o resultado de tanta pesquisa foi apresentado pela primeira vez na defesa do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), acompanhada por uma plateia interessada na inovação.

“Eu achei uma ideia brilhante porque o Wagner valorizou a nossa matéria-prima, que é o leite de búfala e o açaí, ou seja, é um produto conhecido mundialmente, mas que com esse sabor característico, ele pode difundir mundo afora”, afirma a tecnóloga em alimentos Josiane Keiko Umehara.

A criação do produto rendeu muito mais que uma nota 10 para o universitário, que teve o estudo publicado em várias revistas científicas e apresentado em congressos no país.

A literatura não tem registros de quando o iogurte do tipo grego foi criado, mas ele é bastante comum na Grécia e no Oriente Médio, onde é produzido principalmente à base de leite de vacas e cabras. O laticínio também é caraterizado por sua maior cremosidade e elevado valor nutricional em relação a outros tipos de iogurte. Nos laboratórios da Uepa, o processo é semelhante, e começa com a retirada do soro do leite de búfala. Já a geleia de açaí é preparada no fogo com bastante açúcar.

A mistura de sabores tipicamente paraenses foi avaliada por mais de 100 pessoas e 94% aprovaram o iogurte, e os 6% preferem o açaí sem açúcar.

E a vontade do pesquisador é que o produto possa alimentar muita gente ainda.

“Espero que um município possa fazer uma parceria, por exemplo, com pequenos produtores de leite de búfala e açaí e o produto seja usado até na merenda escolar”, conclui.

Fonte: G1

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