Universitec participa de APL para estimular a bioindústria de cosméticos no Pará

Publicado em: 16/11/2015 às 14:58
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O uso sustentável da biodiversidade da Amazônia é um dos grandes paradigmas da economia nacional e mundial. De importância estratégica para a geração de emprego e renda com a floresta em pé, a bioindústria é um dos segmentos mais promissores da atualidade, porém, um dos mais carentes em inovação no cenário regional. Para discutir a cadeia produtiva dos biocosméticos, Sebrae-PA, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedeme), Fiepa e Sinqfarma, o sindicato das indústrias do setor de cosméticos, entre outas categorias, estiveram reunidos no Seminário de Cosméticos de Base Florestal da Amazônia, realizado nos dias 11 e 12, na sede da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa).

O Seminário buscou produzir conhecimento visando maior competitividade para a cadeia produtiva de cosméticos paraense, com o compartilhamento do que há de mais novo em recursos nas áreas de ciência e tecnologia. O evento promoveu ainda a assinatura da formalização do Arranjo Produtivo Local (APL) de Biocosméticos.

A Universitec (Agência de Inovação Tecnológica da UFPA) tem histórico em incubar empresas nessa área, e Gonzalo Enríquez, o diretor da agência, destacou a importância do setor no seminário. “Pela primeira vez, o estado e a indústria se reuniram para formar o início de uma política de apoio específico à cadeia produtiva de cosméticos no estado do Pará. O grande foco é o aproveitamento sustentável da biodiversidade para a produção. Interessante que três empresas que já foram ou são incubadas no PIEBT (Programa de Incubação de Empresas de Base Tecnológica) participaram do seminário, como a Yara da Amazônia, que é incubada, e outras duas, entre elas a Juruá e a Chamma da Amazônia, que já passaram pelo PIEBT e são nomes estabelecidos e fortes no mercado.”

“A formalização do APL respalda os parceiros a agirem, na prática, em conjunto ao Estado com foco na verticalização da produção, agregação de valor e, sobretudo, diversificação da base econômica do Pará’’, observa o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedeme), Adnan Demachki.

A Chamma da Amazônia, uma das empresas mais antigas no mercado de Belém e que já foi incubada no PIEBT/ Universitec, apresentou produtos inéditos com essências de manga e cupuaçu. A nova linha é uma homenagem aos 400 anos da cidade, completados no dia 12 de janeiro de 2016. “Na verdade, somos apaixonados por nossa terra e nossa gente, a nossa história é linda, nossa cultura, nossos cheiros e sabores, nossas lendas. Nossa terra é abençoada por Deus em diversidade da natureza até no calor excessivo amenizado por nossas mangueiras. Cada ponto, cada lugar gera uma inspiração, foi nessa atmosfera que surgiram nossos novos produtos’’, diz a vice-presidente do Sinqfarma e proprietária da Chamma da Amazônia, Fátima Chamma.

 

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