O trabalho da Universitec de estímulo ao empreendedorismo foi destaque do programa Ect & Tal, capitaneado pela jornalista paraense Úrsula Vidal, no canal SBT. A matéria especial faz um apanhado de empresas que foram incubadas no PIEBT e hoje se estabeleceram no mercado, nas mais diversas áreas. Veja a matéria aqui, e confira a reportagem completa abaixo:
Para ter um negócio bem sucedido, não basta ter um espírito empreendedor. Se você acrescentar na receita uma boa dose de inovação tecnológica, a chance de sucesso do seu negócio aumenta muito. Hoje vamos conhecer a Universitec, a Agência de Inovação Tecnológica da UFPA, que funciona aqui no campus do Guamá. Nela funcionam várias empresas que estão nascendo, crescendo e, pincipalmente, aparecendo para o mercado.
Amazon Dreams, que traduzindo são ‘Sonhos Amazônicos’, tem recebido uma série de prêmios com inovação e tecnologia em seu DNA. “A gente vem trabalhando com isso há muito tempo e sabemos que a inovação é fundamental para o desenvolvimento da empresa, e é nisso que a gente ataca”, diz o engenheiro empreendedor Fábio Gomes Moura. “A Amazon Dreams consegue extrair substâncias antioxidantes dos compostos da Amazônia e, principalmente, do fruto do açaí que então é o nosso carro chefe, e nós já temos uma patente depositada sobre o processo de extração desses antioxidantes e também de outras matrizes como as folhas de ingá e as folhas do muruci”, relata.
Foi muito trabalho para chegar até aqui e está tudo patenteado. Esses produtos são vendidos de que maneira ? “Nós vendemos para o mercado ‘be two be’, ou seja, é a nossa empresa vendendo para outra empresa, e essa outra empresa desenvolve, a partir do nosso produto, um outro produto que vai levar pro mercado consumidor”, explica Fábio.
“Por exemplo, cápsulas antioxidantes de açaí que eu vou comprar na farmácia começaram aqui?”, pergunta Úrsula Vidal. “Sim, começa aqui com a gente”, afirma o engenheiro.
Inovar
Na inovar, tudo o que eles fazem começa com “I”: I-loja, I-comercial. São soluções para que o negócio dê certo no computador, se não tiver computador o negócio não funciona. “Na verdade, todo meio comercial em si ele usa um sistema ou alguma aplicação que precisa dos nossos serviços. Todas as empresas, inclusive as pequenas empresas, vão ter um momento que será necessário usar o meio computacional, a informatização que a gente chama”, diz o programador Denis Farias.
Dynamis Techne
A Dynamis Techne mexe com tecnologia de Engenharia de Estruturas. O Remo que não é Remo, é Paysandu, é diretor técnico e sócio da empresa, e professor da universidade. “Da mesma maneira que existem técnicas para fazer diagnósticos de problemas de saúde e tratamentos para a saúde de uma pessoa, nós fazemos algo similar, mas que diz respeito a grandes estruturas. Uma estrutura, por exemplo, que esteja com problemas de vibrações muito grandes: estádios de futebol. Isso pode causar um certo pânico nas pessoas. Nós vamos para lá, instalamos sensores, fazemos medições e depois podemos emitir um laudo dizendo se a estrutura tem algum risco de problema mais sério ou até mesmo um colapso. Então o foco da empresa é esse, é prestar esse serviço de avaliação de estruturas”, destaca Remo.
“Nós adaptamos a nossa engenharia para a região amazônica, porque nós temos características únicas e exclusivas daqui da região, e a gente precisa associar as informações que adquirimos das estruturas com as técnicas de engenharia existentes para que possamos obter resultados satisfatórios e que dê um retorno para a engenharia e para o cliente”, diz.
“Então o americano faz um software, mas o solo lá nos EUA não é o igual ao solo de várzea da gente aqui, então tem que haver uma adaptação”, diz Úrsula Vidal. “Isso. A gente adapta os métodos da tecnologia e da tecnologia que a gente tem”, destaca o pesquisador.
Universitec
De 192 universidades, o Brasil está em 18º lugar quando o assunto é tecnologia e inovação. “A UFPA é a universidade que tem a maior expressão e maior conteúdo de pesquisas realizadas no contexto da região amazônica, no que desrespeito ao mais importante patrimônio que a Amazônia tem que é a biodiversidade, nosso patrimônio genético. Se existe alguma possibilidade de pensar em pesquisa e inovação na região amazônica, tem que pensar principalmente em conhecimento científico”, assevera o diretor da Universitec. “Nós incubamos empresas, protegemos o conhecimento que estamos produzindo na universidade e nós somos um verdadeiro escritório de negócios de transferência de tecnologias para oferecer para o mercado produtos que tenham condições de se transformar em produtos de conteúdo e valor agregado no mercado”, conclui o gestor.
