Realizado pelas incubadoras de empresas das duas maiores universidades do estado, UEPA e UFPA, a oficina StartNOW foi um sucesso de público. Mais de cem jovens empreendedores participaram do encontro, realizado no último sábado, 31. Com a proposta de incentivar o tino empreendedor nos universitários, a oficina promoveu o contato entre especialistas em gestão empresarial e os participantes, e premiou as melhores propostas de negócios, revelando jovens talentos e aprimorando suas ousadas ideias.
Entre os projetos premiados, dois são de aplicativos para celular – o que é esperado de um grupo de participantes que cresceu com tecnologia – e um é de oferta de serviços de saúde em escolas. O primeiro lugar ficou com o Simbora?, aplicativo para celular que propõe encontrar amigos para fazer programas em comum. O segundo lugar ficou com o Fisioescola, que busca incluir serviços de orientação e fisioterapia nas escolas como forma de prevenção para os alunos. O terceiro lugar foi o Mais Barato!, aplicativo que ajuda o cliente a encontrar o menor preço daquilo que ele procura dentro de uma rede de supermercados cadastrados.
Cada equipe ganhou um troféu, um tablet – primeiro lugar – e um smartphone – segundo e terceiro. Prêmios individuais também foram distribuídos. Todos os membros das três equipes vencedoras ganharam uma inscrição em um dos cursos de empreendedorismo da Universitec para que possam dar continuidade nas suas ideias. Para as demais equipes, foi disponibilizada uma inscrição.
Victória Mutran, aluna de engenharia de produção da UEPA e membro da equipe Simbora? vem participando de eventos do gênero pelo Brasil. Segundo ela, tudo começou com o incentivo dentro da universidade. “Temos uma disciplina sobre empreendedorismo e o pessoal está começando a querer empreender. Nem todos querem abrir um negócio, mas eles usam as características do perfil empreendedor. Sem falar que tem tudo a ver com as áreas de tecnologia, porque gostamos de criar, resolver problemas”.
Com o slogan “Porque toda startup surge de uma ideia”, o StartNOW já contabiliza um resultado efetivo. Até o final do dia, a startup Simbora? conseguiu vender a ideia para 17 clientes, faturando R$ 170. Uma fanpage no Facebook já foi criada e seus membros pensam em transformar em aplicativo para celulares. A ideia é ajudar a encontrar os amigos pra sair. A pessoa compartilha o que quer fazer e vê quem dos amigos também marcou a sugestão. Já tem a companhia, mas não sabe para onde ir? O Simbora? também oferece opções de programas culturais e entretenimento.
Para a Nair Sena, gerente da Ritu (Rede de Incubadoras de Tecnologia da UEPA) e coordenadora geral do StartNow, o número de participantes foi além do esperado, mas ninguém ficou de fora. Quem se inscreveu pode participar. “Cada vez mais, os jovens têm procurado conhecer sobre startups e empreendedorismo. Alguns já passaram por essa experiência em eventos anteriores e muita gente está participando pela primeira vez”, analisa.
Durante a oficina, as equipes, compostas cada uma por 10 participantes, tiveram autonomia para desenvolver sozinha os projetos. Os mentores – algumas vezes fazendo o papel de consultores – fizeram intervenções para que os grupos antecipassem problemas e desenvolvessem ao máximo a ideia antes e depois da validação, que é a aceitação pelo perfil de cliente desejável.
O designer, professor e empresário Karan Valente, que foi mentor das equipes, avalia os resultados. “Foi um processo bem dinâmico e com resultados bastante avançados. Em apenas um dia, eles conseguiram entrar na metodologia e engajar uma ideia. A curva de aprendizado deles é latente”, avalia.
Incentivo ao empreendedorismo
Universidades, incubadoras e Sebrae têm incentivado o empreendedorismo nos jovens. Para Darleni de Magalhães, assistente da Unidade de Acesso a Inovação e Tecnologia do Sebrae e membro do comitê de avaliação, mais importante que a premiação é o engajamento em desenvolver a ideia. “A universidade é o ambiente propício para startups, negócios promissores. Oficinas como o StartNow são importantes porque têm o objetivo de sensibilizar para o empreendedorismo”, acredita.
“O Sebrae tem vários projetos de voltados para os jovens das universidades porque entende que as ideias são férteis na academia. Para a região Norte, tem um projeto estruturante para startups porque o mercado quer inovação e não dá pra ficar esperando”, explica.
Segundo o coordenador do Núcleo de Inovação e Transferência Tecnológica do Cesupa e também membro do comitê de avaliação, eventos como o StartNOW geram muitos pontos positivos. “Além de promover o empreendedorismo é a oportunidade de fazer network e ver ideias com grande potencial. O StartNOW conseguiu reunir participantes de diferentes áreas, mantê-los motivados, comprometidos e acreditando em uma ideia”.
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