Em parceria com a UFPA, Barco Hacker reúne empreendedores em roteiro pelas ilhas de Belém

Publicado em: 08/03/2016 às 19:07
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A terra do açaí também é a terra do chocolate. O Pará é o segundo maior produtor de cacau do país, respondendo por 30% da produção nacional. Além de quantidade, há qualidade. O solo fértil da floresta tropical dá vida a sabores únicos, o que tem atraído a atenção de especialistas em gastronomia do mundo inteiro, fazendo do Pará o novo terroir de chocolates finos do Brasil. Com intuito de ampliar o debate sobre o tema, o Barco Hacker propõe uma páscoa diferenciada com o objetivo de explorar toda a cadeia produtiva do cacau na Amazônia, com apoio de convidados que irão trocar experiências entre chefs de cozinha, produtores locais, cooperativas de cacau, comunidades ribeirinhas e comunidades de tecnologia da informação na maior imersão cultural pelos rios. A ação tem apoio da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (PIEBT), da Universitec. O passeio será neste sábado, 12, às 7h30, e percorrerá a Ilha do Combu e Barcarena. As inscrições estão abertas e as vagas são limitadas.
Sob o título de Nova Trilha do Cacau na Amazônia, o Barco Hacker propõe uma expedição pelas trilhas de plantação de cacau de várzea nas ilhas. Doze convidados irão realizar atividades simultâneas e trocar experiências nas áreas de Gastronomia, Empreendedorismo, Tecnologia e Engenharia de Produção além de debates entre os 50 participantes a bordo.
Entre os convidados, Rodrigo Pádula, integrante do Wikipédia no Brasil. Ele irá mapear a cadeira produtiva do cacau na Amazônia na Wikipédia, a maior enciclopédia online e colaborativa do mundo, disponível em mais de 200 línguas e dialetos. O almoço e coffee break com sabores peculiares da gastronomia paraense será assinada pelos Chefs Artuzão e Ofir Oliveira.
A Nova trilha do Cacau na Amazônia propõe um intercâmbio cultural de sabores, vivências, experiências e desafios entre os participantes nas ilhas. As trilhas e visitas técnicas serão guiadas, com intuito de proporcionar aprendizados práticos na fauna e flora da Amazônia.
Chocolate: sabor e história
No passeio, a Nayah Sabores da Amazônia lançará a caixa de chocolates Belém 400 anos, com sabores inspirados na história da cidade. Em edição limitada, a caixa traz cinco tabletes de 80g de chocolates finos produzidos em Belém a partir de amêndoas de cacau 100% amazônicas. Cada um deles remete a uma época e a um ponto turístico da cidade. A Ilha do Combu inspirou a criação do chocolate fino intenso 72%, que traz o cacau de várzea com nibs (a amêndoa de cacau torrada e descascada, pura); outro sabor é o cacau com jambu, chocolate fino intenso 68%, inspirado no Museu Emílio Goeldi; a Estação das Docas inspirou o chocolate fino intenso 54%, de cacau com grãos de café; há ainda cacau com biscoito de castanha do Pará, chocolate fino ao leite 46%, inspirado no Theatro da Paz;  e o chocolate fino 25%, que mistura cacau com açaí e flocos de tapioca, inspirado no Ver-o-Peso.
“É um a experiência sensorial, que conta memórias da cidade por meio das fotografias e da pesquisa histórica que fizemos para desenvolver a caixa comemorativa”, explica Luciana Centeno, doutora em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade de Cornell (EUA), e sócia de Camila Bastos, mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela UFPA, na Nayah.
Apoiada pela Universitec (Agência de Inovação Tecnológica da UFPA) e incubada no PIEBT (Incubadora de Base Tecnológica da UFPA), a Nayah Sabores da Amazônia desenvolve chocolates de alta qualidade a partir de amêndoas dos frutos do cacau e também do cupuaçu, originando o chamado “cupulate”.  100% regional, além de valorizar a diversidade de sabores da região, a Nayah investe no trabalho de cooperativas locais, que fornecem a matéria-prima cultivada na Ilha do Combu, Medicilândia e Tomé-Açu.
Sobre o Barco Hacker
O Barco Hacker é espaço onde hackers, comunidades locais e pessoas de diversas áreas embarcam com o desejo comum de ocupar ilhas e municípios ribeirinhos da Amazônia brasileira onde há trocas culturais, ações de cidadania, desenvolvimento de tecnologia social e ações colaborativas de acesso à informação e sustentabilidade usando o rio como o elo de integração entre a sociedade que o cerca.
Serviço
Passeio no Barco Hacker, sábado, 12 de março, às 7h30 e retorno às 17h30.
Ingresso: R$ 120. Limite de Vagas: 50.
Inscrições: http://goo.gl/dpPI9d.
Site: http://www.barcohacker.com.br/ Facebook: https://www.facebook.com/barcohacker/
Informações: capitao@barcohacker.com.br

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