A Universidade Federal do Pará (UFPA), por intermédio da sua Agência de Inovação Tecnológica (Universitec), estará representada no Fórum de Negócios de Impacto Social da Amazônia, que ocorrerá dia 23 de outubro, no Centro Amazônico de Fronteiras (CAF) da Universidade Federal de Roraima (UFRR). O professor José Augusto Lacerda Fernandes, da Coordenadoria de Empreendedorismo da Universitec, participará de um painel que reunirá também representantes do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE) e do Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (CIEDS) para discutir o contexto, os conceitos e regulamentação dos negócios de impacto e inovação social.
A chance de conhecer um pouco mais sobre esse novo modelo de negócio será através de uma programação variada que inclui, por exemplo, a exposição de empreendimentos que já existem em Roraima e que foram criados a partir de uma necessidade social, trazendo benefícios diretos a um grupo de pessoas, na maioria das vezes de baixa renda.
A mostra de produtos da economia criativa, solidária, negócios inovadores e sustentáveis será das 15h às 19h. Ainda no horário da tarde, serão realizadas oficinas organizadas pelo Sebrae e pelo CIEDS, ONG do Rio de Janeiro que acredita na construção de uma sociedade sustentável tendo como base o conhecimento, a cooperação e o empoderamento das pessoas.
Segundo a professora do curso de Administração da UFRR, Daiane Tretto da Rocha, as oficinas têm a intenção de estimular nos participantes a possibilidade de pensar em soluções de negócios de impacto social. “E o Sebrae vai treinar as pessoas sobre como modelar esses negócios”, completa. Ela afirma que o fórum é aberto a toda comunidade, além da participação dos acadêmicos. “Nosso objetivo é estimular os alunos e a sociedade como um todo discutir esses novos modelos de empreendedorismo, pois no contexto em que vivemos, com todos os problemas ambientais e sociais, não há mais como pensar ou deixar de incluir essa lógica na nossa formação, quando pensarmos em empreender, mas de uma forma consciente”, observa.
A professora explica ainda que a ideia desse modelo de negócio é nascer a partir de uma preocupação sobre como solucionar ou mitigar um problema social ou ambiental. “Tem que ter um viés financeiro, sim, tem que ter uma contrapartida dos produtos e serviços que são prestados. Mas, se o empreendimento conseguir de alguma forma mitigar um problema da minha comunidade, já estou gerando um grande impacto positivo. Não dá mais para pensar em empreendedorismo tradicional puramente com viés econômico”, alerta.
Debates – Além das oficinas, da exposição e do primeiro painel, o Fórum terá ainda dois painéis. O segundo, de acordo com a professora, terá representantes do Governo do Estado de Roraima, da Prefeitura de Boa Vista e do Instituto Federal do Paraná (IFPR). “As instituições públicas falarão de negócios de impacto na Amazônia, de empreendedorismo e de inovação e nos apresentarão o que têm pensado sobre isso”, explica.
Para concluir a programação, o último painel do Fórum vai abordar os desafios e oportunidades para os negócios de impacto na Amazônia. Para falar sobre o tema, foram convidados representantes do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (IDESAM), do Instituto Mamirauá do Amazonas e da Mangai Coworking.
Atualizado em 21/10/2019 às 16h15.
Texto: Portal EducaRR com adaptações por Ascom/Universitec.
Foto: Ascom/UFRR.
