Projeto “Futuro Brilhante” arrecada cadernos, lápis e canetas para crianças da comunidade Cruzeirinho, no Acará, e também para escola pública do bairro da Sacramenta, em Belém
Quanto vale fazer o bem? Em 2014, jovens se reuniram com um propósito: arrecadar material escolar e doar às crianças da comunidade Cruzeirinho, no Baixo Acará, interior do Pará, para combater a evasão escolar. Com o nome “Futuro brilhante”, o projeto atende as crianças que, por dificuldades financeiras dos pais, não estavam conseguindo ter acesso a cadernos, lápis, canetas e por isso estavam abandonando as escolas.
“A gente continuou fazendo isso em 2014, 2015, 2016, 2017 e vamos fazer também em dezembro deste ano”, disse Diego Martins (29), assessor da 4ª Vara da Infância e Juventude de Belém, idealizador do projeto. Diego conta que após a identificação dessa necessidade, e a partir da doação dos materiais, a escola passou de 20 alunos que concluíram o ano letivo em 2014, para 55 alunos que concluíram em 2017. “O requisito para recebimento do material escolar é ter cursado todo o ano letivo na escola municipal da comunidade Cruzeirinho”, disse Diego.
Segundo o assessor, a mobilização das pessoas que apoiam o projeto foi tão grande que a arrecadação deste ano superou. Com isso, o grupo ajudou outras escolas, como a Escola Estadual Professora Esther Bandeira Gomes, no bairro da Sacramenta, em Belém. “A gente conseguiu superar a meta de arrecadação dos cadernos e foi possível atender a outras escolas. Hoje fizemos o atendimento de 100 alunos na escola Ester Bandeira”, afirmou Diego.
Para os apoiadores, ajudar o projeto não tem preço. “O sentimento é maravilhoso. Poder ajudar essas crianças e ver os olhinhos delas brilhando de felicidade. Vi muitos desses olhos hoje, muitos sorrisos e abraços que não têm preço. Coisas simples que vou carregar comigo pelo resto da minha vida e continuar ajudando mais e mais para receber um abraço, um sorriso e um ‘obrigado, tio’. Isso não tem preço. Sinto-me feliz em ter ajudado essas crianças”, destacou Diego Melo (31), analista de sistemas, apoiador do projeto.
Até para quem já trabalha com ações sociais, participar do projeto é mudar a perspectiva de vida. “A gente pensava que elas iriam preferir um brinquedo, mas esse é o melhor presente que o projeto poderia oferecer, incentivo à educação, sem fazê-las se sentirem vítimas, porque o projeto leva esperança e incentivo emocional também. Ver o quanto essas crianças são tocadas, ao ganharem esse kit de material escolar, muda a nossa perspectiva de vida”, disse Monique Loma (31), assistente social da Marinha, que faz parte do projeto desde 2015.
Os organizadores do projeto ainda estão recebendo doações de cadernos com capa dura, grande, com 96 folhas. Para ajudar basta entrar em contato pelo telefone (91) 98212-6067 ou nas redes sociais pelo perfil @direitosemformalismo.
Via: Leia Já Nacional