A Agência de Inovação Tecnológica da UFPA (UNIVERSITEC) recebeu na última segunda-feira, dia 13, a visita de Rusbel Chapalbay, assessor técnico do ProCambío II (Programa Cambio Climático, Biodiversidad y Desarrollo Sostenible) e membro da Cooperação Técnica Alemã no Equador (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit – GIZ) e da Dra. Montserrat Rios, pesquisadora da Universidade Regional Amazônica Ikian, que vieram a Belém participar do Congresso da Sociedade Internacional de Etnobiologia, o “Belém+30”.
A delegação tinha interesse em conhecer a experiência da Agência no apoio a práticas empreendedoras que incluem a medicina tradicional e o comércio legal de recursos vegetais de comunidades indígenas, bem como apresentar a oportunidade de cooperação entre as universidades em pesquisas desenvolvidas na área.
Durante a visita Rusbel mencionou sobre a importância do Programa de Bioeconomia na Amazônia Equatorial, que deve envolver os níveis comunitário, técnico e político. Na ocasião a delegação também intentou identificar a experiência da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da UFPA (PIEBT) na relação empresas e comunidades e como desenhar um ecossistema empreendedor que tenha como foco fortalecer a produção, agregar valor e ampliar o comércio dos produtos gerados pelas comunidades.
Para Chapalbay, “as comunidades indígenas criaram muitas lições e processos que se vale a pena aprender, e interessa para nós nessa pesquisa conhecer isso para poder levar esse conhecimento para a Amazônia Equatorial, com o intuito de enfrentar os desafios na conservação da Biodiversidade.”
Programa de Bioeconomia na Amazônia Equatorial
O programa surge da preocupação de um grupo de profissionais em gerar alternativas econômicas, ambientais e sociais viáveis aos bioempreendimentos baseados no uso e uso sustentável da biodiversidade no Equador. No entanto, reconhece-se que a bioeconomia na América Latina e no mundo se aventura em alternativas sustentáveis que substituam as fontes de energia e materiais de recursos naturais não renováveis.
As atividades desenvolvidas no país estão mudando do modelo extrativista para o incentivo a empreendimentos sustentáveis que conservem os recursos naturais do país. O programa de conservação ambiental “Reverdecer Equador” foi criado no ano de 2018 para defender o processo de degradação da natureza e incentivar bioempreendimentos.
Um exemplo de cooperação entre comunidades locais e o fortalecimento da sustentabilidade é a “Escola de Liderança Ambiental da Reserva da Biosfera Sumaco,” uma estratégia multi-organizacional e inovadora para promover a governança local dos recursos naturais que foi criada com o apoio da Giz e combinou ações políticas, sociais e técnicas, a favor da educação ambiental empoderando comunidades locais.
O “Parque Nacional Sumaco” é uma das mais conhecidas reservas florestais do Equador que integra atividades humanas com a diversidade ambiental e cultural através do uso sustentável de recursos naturais. A Amazônia Equatoriana é a maior área arborizada e protegida do país, devido as condições climáticas particulares do local que criaram uma zona de alta biodiversidade.
“Após essa visita esperamos que possa ser desenvolvido uma cooperação mútua entre as universidades. Vamos propor empreendimentos e vários espaços de cooperação orientados por meio de seminários, visitas de campo às comunidades, uma pesquisa de campo bem feita para mapear aspectos de produção e mercado existentes no ambiente. Além do incentivo desse escopo de conhecimento dentro da academia”, finaliza o assessor.
Texto: Talissa Fernandes – Assessoria de Comunicação da Universitec
Fotos: Victoria Lourinho