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​’Estamos na era da gestão ambiental’, diz diretor da Natura em palestra na Universitec

​“Estamos na era da gestão ambiental”, afirmou José Mattos Neto, diretor, no Pará, do Núcleo de Relações Comunitárias e Empreendedorismo da Natura, uma das mais bem sucedidas empresas do país, destaque mundial no uso de matérias-primas amazônicas na produção de dermocosméticos e perfumaria. Neto ministrou nesta terça-feira (24) palestra para a equipe da Universitec e representantes das empresas incubadas no PIEBT.

No encontro, Mattos Neto destacou a importância dos recursos naturais amazônicos e da sustentabilidade no projeto da Natura. O projeto Ecoparque, instalado em Benevides, foi destaque da apresentação. A fábrica hoje é responsável por 60% da produção de sabonetes da Natura no Brasil. foi responsável pela produção de 85 milhões de sabonetes, em 2014. Para este ano, a expectativa é que a produção chegue a 208 milhões de sabonetes das linhas Ekos e Todo o Dia. Atualmente, a empresa gera 274 empregos diretos, sendo que grande parte destes trabalhadores é proveniente do próprio município.

Construído na proposta de condomínio industrial, o espaço ocupa 172 hectares, seguindo modelos internacionais de indústrias que buscam aliar desenvolvimento econômico e compromisso com o meio ambiente.

“O desafio é colocar no mesmo caminho de desenvolvimento a criação de negócios comprometida com a sustentabilidade. Novos modelos de negócio são necessários. A fase da predação do meio ambiente tem que acabar, esse é um imperativo atual”, destacou o gestor.

A unidade da Natura de Benevides produzir apenas os noodles, massa vegetal usada como base para sabonetes, e este ano assumiu também a produção do produto final. Os sabonetes são 100% livres de gordura animal, tendo como base o óleo vegetal de palma cultivado de forma sustentável na região amazônica.

Entre os elementos basilares deste modelo de desenvolvimento, captar a mão de obra local, desde o fornecimento de matéria-prima até trabalhador da fábrica do produto final, e estimular cooperativas locais. “Trabalhamos a valorização e preservação do conhecimento tradicional, incorporando à cadeia produtiva o ribeirinho que extrai as sementes e os frutos que iremos usar na produção dos sabonetes”. No Pará, cerca de 2 mil famílias estão integradas à rede de fornecedores da Natura. A meta até 2020 é ampliar esse número para 12 mil famílias.

Universitec e Natura

Entre os pontos de discussão mais relevantes do encontro, Neto destacou uma das maiores preocupações atuais da Natura: o que fazer com as toneladas de resíduos gerados pela fábrica? “O manejo de resíduos é a maior demanda da Natura junto às empresas de inovação. E viemos até a Universitec lançar esse desafio de propor soluções para a questão”. O gestor explicou que boa parte dos resíduos tem como destino a incineração, fim que, por mais que seja legal, é danoso ao meio ambiente. “Queremos mudar isso e contamos com a inteligência da UFPA. Por isso, oferecemos um assento à Universitec na comitiva do Conselho de Seleção para escolhermos duas empresas que serão incubadas no Ecoparque ainda este ano. Nossa intenção é prospectar empresas de tecnologia do Pará”.

Para ilustrar a importância de investir cada vez mais na busca de em uma indústria limpa e sustentável, Neto defende que o mercado aposta nesse novo perfil de projeto. “O princípio da sustentabilidade e a criação do Ecoparque são fatores determinantes para o fator confiabilidade de mercado, que é fundamental para as ações da empresa na bolsa de valores. É isso que mantém a Natura em crescimento, a confiança que despertamos nos investidores em relação aos valores que norteiam a empresa”.

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