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Evento apresenta potencial petrolífero do Pará

Presente em Belém para apresentar, no evento, o Potencial Exploratório do Estado do Pará, a superintendente adjunta da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Marina Abelha, relatou a existência de três bacias com potencial para a exploração de petróleo e gás no território paraense. “No Pará, a bacia terrestre do Amazonas e as bacias costeiras da Foz do Amazonas e do Pará- Maranhão apresentam um potencial exploratório que poderá ser confirmado com as pesquisas. Apesar de ainda não existir uma confirmação, o sucesso exploratório em bacias análogas àquelas localizadas no Pará corrobora para o potencial desta região”, afirmou.

De acordo com o presidente do Sistema FIEPA, José Conrado Santos, foi por ter conhecimento das primeiras pesquisas por empresas petrolíferas no território paraense que a Federação, em parceria com o Governo do Estado e a Universidade Federal do Pará (UFPA), promoveu o Painel.

“É preciso se apropriar de toda essa transformação e dos possíveis efeitos causados pela cadeia produtiva de petróleo e gás antes mesmo de sua fase de instalação. Isso é altamente relevante, pois discutirá meios para que o empresariado local se prepare, se organize e possa fazer parte da cadeia petrolífera. Em alguns casos, precisaremos capacitar o nosso micro e pequeno empresário para torná-lo fornecedor de bens e serviços, mas antes disso, é necessário entender e conhecer à fundo toda essa cadeia e suas demandas”, ressaltou o presidente Conrado.

Para o representante do Governo do Estado no evento, secretário de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), David Leal, “o Painel é a chance que temos de desenhar com competência de que forma o Pará quer se inserir nesse setor, além de colher as contribuições de parceiros aqui presentes, dos especialistas, do setor produtivo, para o arranjo de negócios que pretendemos para o futuro”.

Ao chamar a atenção para a expansão do setor petrolífero no Brasil, Antônio Batista, coordenador do Programa Petróleo e Gás do Sebrae/RJ, alertou para as oportunidades de negócios para os fornecedores locais. “Os investimentos da indústria de petróleo e gás são expressivos. Enquanto que, de 2007 a 2012 a indústria extrativa mineral investiu R$ 68 bilhões, o investimento da indústria de petróleo e gás foi de R$ 238 bilhões. Para o período de 2012-2015, a variação de crescimento do investimento será de 49%, chegando a um valor de R$ 354 bilhões”, relatou.

Segundo Batista, somente o ciclo de investimento do Pré-Sal, exigirá uma ampliação significativa na estrutura da cadeia produtiva. Se utilizando de dados da Revista Exame, o coordenador do Sebrae afirmou que hoje, a frota de navios de plataforma chega a 48 unidades, sendo que, em 2020, além desses, será necessário adquirir mais 68. “Existe uma norma que estabelece uma cota de compras locais pelas empresas petrolíferas. Isso abre uma janela de oportunidades muito grande ao empresário brasileiro. Vejo que essa norma de conteúdo local, exigindo que as empresas contratem de 50 a 70% no país, poderá consolidar a indústria de petróleo no Pará”, enfatizou.

Além da FIEPA, Governo do Estado e UFPA, o Painel “As oportunidades da Cadeia Produtiva de Petróleo e Gás e as Perspectivas para o Desenvolvimento Econômico e Social do Pará” foi promovido pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-Pa), Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó (Amam) e Associação dos Municípios do Nordeste do Pará (Amunep).

A ideia do grupo organizador é que o tema não se esgote neste primeiro momento e que, em momento posterior, a discussão seja levada para as regiões paraenses que poderão ser impactadas pela indústria do petróleo.

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