Empresa incubada na UFPA participa de seletiva nacional

Atualizado em: 04/07/2017 às 10:46
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A Ocalev, startup incubada na Universidade Federal do Pará, por meio da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica – PIEBT, foi selecionada para participar da segunda e última fase do programa Inovativa Brasil 2017 com o “Woca”, aplicativo web que automatiza a elaboração de projetos elétricos residenciais. Esta etapa conta com 132 participantes de todas as regiões brasileiras, que entre os dias 22 e 24 de junho estarão em São Paulo para participar do “DemoDay”. Este evento serve de vitrine para a divulgação e atração de investimentos para a ideia planejada.

O Inovativa é um programa nacional de aceleração de startups. A cada ano, ele conta com duas seleções. A primeira, na qual a Ocalev está participando, encerra o ciclo no mês de julho. Porém, estão abertas até o dia 10 de julho as inscrições para o processo 2017.2 que conta com mentorias e cursos de empreendedorismo.

A Ocalev

A startup surgiu no começo de 2015, após o processo de seleção do PIEBT (Incubadora de Empresas de Base Tecnológica), e desde então, o “Woca” é desenvolvido e aperfeiçoado.

“No primeiro semestre de 2017 fomos selecionados para participar de dois programas de aprimoramento de startups:  o Inovativa, que é reconhecidamente um dos principais programas nacionais de aceleração de startups; e a primeira Startup School Online do Y Combinator, que é considerada a maior aceleradora de startups do mundo, localizada no Vale do Silício. Em ambos os programas, tivemos acesso a várias vídeo aulas e mentorias exclusivas com executivos e empreendedores experientes”, comenta Ramon Villar, sócio da Ocalev.

O PIEBT é a incubadora da Agência de Inovação da UFPA/Universitec e no próximo mês abrirá o edital de incubação de empresas para três vagas residentes e oito associadas.

O aplicativo

O Woca, mesmo estando em versão de protótipo, já foi adquirido por muitos usuários. Inclusive sendo usado para auxiliar profissionais a projetarem instalações elétricas para clientes reais.

Atualmente, o aplicativo é utilizado por profissionais em 25 estados do Brasil. Com ele, o usuário consegue fazer um projeto completo em apenas alguns minutos, devendo somente desenhar no próprio aplicativo uma planta baixa da sua residência.

Um projeto elétrico é o desenho que descreve como será construída toda a instalação elétrica de uma casa, comércio ou indústria, descrevendo que cabos serão utilizados, eletrodutos, disjuntores, quadros, tomadas, lâmpadas. Uma característica especial do Woca é que ele está sendo desenvolvido para ser usado tanto por profissionais quanto pelo cliente final, que pretende construir ou reformar sua casa.

“Decidimos criar o Woca quando alguns de nós sócios estávamos fazendo um projeto elétrico de uma escola, e notamos que o software que estávamos usando era muito complicado, ainda que teoricamente fosse feito para acelerar a elaboração do projeto. Esse software é bastante conhecido no mercado, por isso ficamos surpresos com o fato de termos tido tanto trabalho com ele. Como nós também temos experiência na área de Otimização e Inteligência Computacional, decidimos criar o nosso próprio software, que seria muito mais fácil de usar e também muito mais rápido na obtenção de um resultado final”, relembra Ramon Villar.

Futuro

Até o dia 21 de julho as startups selecionadas irão receber capacitação e mentoria por parte do Inovativa. De 21 a 23 de julho acontecerá em São Paulo o “Bootcamp”, processo final do concurso, para que no dia 24 seja realizado do “DemoDay”.

“Nem todas as startups vão para o ‘DemoDay’ necessariamente atrás de investimento. Muitas podem estar atrás de consolidar seu modelo de negócio com mentores, conseguir parceiros ou clientes. No nosso caso, temos grande interesse no investimento, e para isso queremos finalizar uma etapa importante do desenvolvimento do produto, pois é o que nossos usuários mais estão pedindo no momento. Quando você tem um crescimento significativo de usuários ativos, que demonstre a escalabilidade do negócio, o investidor passa a ter interesse na sua startup”, afirma Ramon Villar.

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